CARNE BOVINA E SUÍNA
Paraná é liberado para exportar carne bovina e suína ao Chile
Reconhecimento do status sanitário pelo Chile amplia oportunidades comerciais para frigoríficos paranaenses
Foto: Reprodução l Serhii Bobyk
Os frigoríficos do Paraná estão oficialmente autorizados a exportar carne bovina e suína para o Chile. A decisão foi publicada no Diário Oficial do país e marca o reconhecimento do estado como zona livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica, condição essencial para o comércio internacional de proteína animal.
A medida é resultado direto de um esforço diplomático entre o Brasil e o Chile e da eficiência do sistema de defesa agropecuária brasileiro. Em abril deste ano, durante a visita do presidente chileno Gabriel Boric ao Brasil, uma declaração conjunta já havia sinalizado a intenção do reconhecimento, que agora se torna oficial.
Reconhecimento sanitário de outros estados
Além do Paraná, os estados do Acre e de Rondônia também avançam no processo de reconhecimento sanitário. A auditoria já foi concluída e está em avaliação pelos serviços oficiais dos dois países.
Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a conquista representa mais do que um novo mercado. “É uma conquista que valoriza o trabalho dos nossos produtores e técnicos e que reforça a posição do Brasil como referência mundial em segurança agropecuária. Essa demanda vai se converter em empregos aqui dentro”, afirmou.
Avanço para o sistema exportador brasileiro
O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, destacou a credibilidade do sistema sanitário nacional. “O reconhecimento pelo SAG Chile representa um avanço significativo para o sistema exportador brasileiro. É mais uma prova da robustez do nosso sistema de defesa agropecuária”, explicou.
Já o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luiz Rua, celebrou o momento como uma vitória para o agronegócio paranaense. “É uma conquista histórica para o estado. O Chile é um dos principais destinos para carne suína e bovina, e o Paraná concentra 20% da produção nacional de carne suína. A abertura traz novas oportunidades e fortalece nossa relação comercial com o país”, disse Rua.
Durante a missão oficial, o ministro da Agricultura do Chile, Esteban Valenzuela, também ressaltou o interesse em estreitar os laços comerciais com o Brasil. Um dos avanços foi a assinatura de um Acordo de Cooperação para o uso da Certificação Eletrônica Veterinária (e-Cert), facilitando o comércio de produtos de origem animal entre os dois países.
Com a liberação, o Paraná se posiciona de forma estratégica para ampliar sua participação no mercado internacional, reforçando o papel do Brasil como protagonista global na produção de alimentos.